A zona do centro histórico de Setúbal, outrora abandonada, tem vindo sucessivamente a ser alvo de diversas reabilitações nos últimos anos tornando-se, novamente, um pólo atractivo para o comércio local, turismo e também para a habitação.

Propõe-se uma intervenção profunda na totalidade do conjunto, a qual pretende interligar todos os seis edifícios, dotando-os de características técnicas e funcionais adequadas à sua futura utilização.

O conceito principal da proposta surge como uma consequência inevitável das características do edificado. A sua enorme profundidade impede o desenvolvimento do desenho interior, pelo que se propõe a abertura de um grande pátio central, centro nevrálgico da totalidade do conjunto, a partir do qual são distribuídas todas as unidades de habitação através de uma ampla galeria em toda a sua extensão. De referir que este pátio se desenvolve apenas a partir do piso 1, o que permite unificar os seis edifícios, libertando a totalidade do piso térreo para fracções comerciais e para a entrada do empreendimento. 

Trata-se de um pátio de generosas dimensões (8,00x11,90m entre fachadas opostas) que, apesar de ser impermeável, será tratado como uma zona verde através da elevação da respectiva cota em 45 cm acima da laje (enchimento com terra vegetal), que permitirá o desenvolvimento de um jardim.

Os apartamentos apresentam características tipológicas muito diversificadas por se encontrarem intimamente relacionados com o domínio cadastral de cada um dos edifícios.