O edifício desenvolve-se em torno de um conceito que visa proporcionar aos hóspedes elevados padrões de vivência,bem estar e equilíbrio com a natureza. Procurámos a sua integração ideal no espaço envolvente e encontrámos nas referências vernaculares da arquitecturalocal a sua essência.

A estrutura espacial do BALSA desenrola-se em torno de uma enorme piscina de águas claras que nos remeteintensamente para as alvas salinas de Tavira, suas vizinhas próximas.

Os amplos e massificados “claustros” que envolvem o níveo espelho de água onde os hóspedes poderão placidamentedescansar na modorra da tarde algarvia, possuem uma forte inspiração nas estâncias termais romanas.
As açoteias algarvias estão representadas nos acessos privados aos apartamentos do piso superior, onde os terraços seencontram coroadas por tradicionais latadas que, ao logo do tempo, se encherão de verdes uvas ou coloridasbuganvílias cuja principal função será ajudar a baixar a tórrida temperatura do sul. Os alegretes que separam osreferidos terraços encher-se-ão desta vegetação que acabará, com o tempo, por “escorrer” pelas consistentes paredes doedifício.

A reixa tavirense, exímia prática de trabalhar a madeira com a finalidade de sombrear os lugares, é recriada nos painéisque forram as paredes exteriores do volume de entrada e que contém a recepção e a sala de pequenos almoços.

A entrada do BALSA é pontuada por um jardim de manso arvoredo de espécies autóctones (pinheirosmansos, figueiras, amendoeiras), que encobre o volume dos apartamentos e encaminha o visitante para o espaço darecepção e pequenos almoços. Através das amplas vidraças e com o cheiro a pinheiro manso no ar, o hóspede desfrutaráda sua primeira refeição do dia num espaço completamente reservado, fora do contacto visual com o recinto privado do hotel.